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Você já ouviu falar do Albino Penis Envy — ou só APE, pros íntimos?
Não é qualquer cogumelo. É lenda viva entre cultivadores, exploradores da mente e curiosos da psicodelia.
O APE é uma variedade rara de Psilocybe cubensis, famosa por três coisas: potência, forma única e uma história de bastidores que conecta florestas tropicais, mutações genéticas e o submundo etnomicológico.
De onde veio o APE?

A história começa lá atrás, com o lendário Penis Envy, ligado a Terence McKenna, que garimpou esporos em meio a fezes de zebu na Amazônia.
Décadas depois, em 2006, John Workman e a Sporeworks isolaram uma mutação albina — cruzaram com o PF Albino, refinaram, e assim nasceu o Albino Penis Envy, nosso protagonista.
Branco, pálido, quase fantasmagórico — um cubensis que “não quer ser visto” mas surpreende quem tem coragem de explorar.
Características que tornam o APE único
- Visual: talo grosso, chapéu bulboso, brancura espectral. Quando machuca? Azul intenso — sinal do alto teor de psilocibina.
- Esporos? Quase não solta. O véu raramente abre — o que torna cultivar o APE um desafio de paciência e técnica.
- Densidade: Estrutura firme, carnuda, difícil de confundir com qualquer outro cubensis.
Potência: por que o APE é respeitado
Dizem — e os testes confirmam — que o Albino Penis Envy tem 2 a 3 vezes mais psilocibina do que um cubensis comum.
Em competições, vive no pódio das cepas mais fortes.
Relatos falam de visões DMT-like, sinestesia, dissolução do ego — e uma introspecção que pode virar cura simbólica se usada com ritual, intenção e respeito.
Doses: cuidado é ritual

Não é cogumelo de iniciante ansioso.
Por ser mais forte, menos é mais:
- Microdose? 0,2–0,5g.
- Dose leve? Até 1,2g.
- Experiência profunda? 2–3g já são suficientes para abrir portais.
Dropar sem preparo?
Melhor não. Cenário, mente e contexto são tudo. E lembre: o APE não é “droga de festa” — é chave de autoconhecimento.
Cultivo: um teste para quem honra o micélio
Cultivar APE é jogo longo:
- Coloniza devagar.
- É exigente com temperatura e umidade.
- Aborta fácil se o ambiente não for “perfeito”.
- Esporos quase invisíveis — por isso quem tem, guarda como ouro.
Quem coleciona linhagens sabe: ter um APE no acervo é ter uma peça rara, um troféu micológico.
Por que a tribo Izzy respeita o APE

Na Izzy Mushrooms, a gente não vê o Albino Penis Envy só como “cogumelo forte”.
Ele é portal. É memória viva de uma linhagem que veio do esterco, passou pela Amazônia, cruzou o subsolo e hoje chega à sua bancada — pra ser pesquisa, coleção, cultura etnomicológica.
Ele lembra: não é sobre quantidade — é sobre ritual.
Caso tenha mais interesse no APE como amostra, veja o em nossa loja: izzymushrooms.com.br/ape
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O APE é 100% legal no Brasil enquanto espécime botânico, para FINS DE PESQUISA, coleção e estudos etnomicológicos.
A psilocibina isolada é proibida — mas o cogumelo inteiro, como natureza o fez, não está na lista da ANVISA.
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Veja também:
- Psilocybe Cubensis: do Teonanácatl às Pesquisas de Depressão – Tudo o que Você Precisa Saber;
- O Potencial Transformador do Psilocybe: Uma Jornada Rumo à Cura e à Expansão da Mente
Fontes para o artigo:
- Nichols, D. E. (2004). Hallucinogens. Pharmacology & Therapeutics, 101(2), 131-181.
https://doi.org/10.1016/j.pharmthera.2003.11.002 - Davis, A. K., Barrett, F. S., & Griffiths, R. R. (2021). Effects of Psilocybin-Assisted Therapy on Major Depressive Disorder: A Randomized Clinical Trial. JAMA Psychiatry, 78(5), 481–489.
https://doi.org/10.1001/jamapsychiatry.2020.3285 - Tylš, F., Páleníček, T., & Horáček, J. (2014). Psilocybin – Summary of knowledge and new perspectives. European Neuropsychopharmacology, 24(3), 342–356.
https://doi.org/10.1016/j.euroneuro.2013.12.006 - Carhart-Harris, R. L., & Nutt, D. J. (2017). Serotonin and brain function: a tale of two receptors. Journal of Psychopharmacology, 31(9), 1091–1120.
https://doi.org/10.1177/0269881117725915 - Guzmán, G. (2005). Species diversity of the genus Psilocybe in the world. International Journal of Medicinal Mushrooms, 7(1), 305–331.