Aposto que você já ouviu falar, ou já consumiu os famosos Cogumelos Mágicos. Mais afinal o que são eles? Quais os seus efeitos? O que devo saber sobre? Esse post irá te mostrar todas essas respostas e te dá uma clareza desse universo fantástico! No final, se caso tiver gostado de nosso conteúdo, curte essa postagem para nos ajudar a espalhar tais conhecimentos. Agora chega de enrolação e vamos nessa:
Nem animal, nem planta! Os cogumelos, são tão especiais que tem um reino só para eles, o dos fungos. Eles são tão interessantes que muitos acreditam que eles se comunicam embaixo da terra, usando um tipo de conexão especial através do seu micélio, uma rede que interliga suas raízes. É como se você pudesse se comunicar com seus amigos usando telepatia! Como Paul Stamets diria, a internet da natureza.
Mas o que é mais incrível ainda é que os cogumelos mágicos são os alteradores de consciência utilizados ritualisticamente há mais tempo no mundo. Os primeiros registros de seus usos são mais antigos até que os da cannabis! Atualmente, seu resgate envolve a ciência, que estuda seus princípios ativos e suas aplicações terapêuticas e até mesmo em tratamentos reconhecidos pela comunidade científica atual.
Não só nesse site, em nosso Instagram trazemos muitos outros conteúdos relacionados aos “Cogumelos Mágicos”, siga-nos para ficar por dentro.
AFINAL, O QUE SÃO OS COGUMELOS MÁGICOS?
Os cogumelos são corpos frutíferos, organismos que pertencem ao reino dos fungos, assim como os mofos, os bolores e as leveduras. Muita gente confunde fungo com planta, e até mesmo a ciência, no passado, já os classificou assim. Entretanto, com o estudo das estruturas celulares, foi possível ver que eles têm inúmeras diferenças e características próprias, como:
- A célula do fungo não possui clorofila, logo ela não tem a capacidade de fazer fotossíntese;
- As suas células têm paredes rígidas, mas que não são formadas por celulose, como acontece com as plantas;
- Nas células dos fungos existe quitina, uma substância também presente na casca de alguns animais, como os insetos.
Os fungos podem ser unicelulares, como as leveduras, utilizadas como fermento na fabricação de massas e até na fermentação de bebidas, ou pluricelulares, como os cogumelos. Eles têm vida livre ou não, e são encontrados nos mais variados ambientes, sobretudo em lugares úmidos e ricos em matéria orgânica.
Os fungos pluricelulares geralmente apresentam hifas-filamentos que se entrelaçam formando uma rede denominada micélio, que é como uma teia branca. Elas crescem e vivem escondidas sob o solo, sob a casca do tronco de árvore ou sob a matéria orgânica, isto é, restos de seres vivos. Através dela que há uma espécie de comunicação entre esses fungos, como citamos lá no início do texto. É bizarro e incrível como a gente se surpreende com a natureza, né?
Os fungos se reproduzem assexuadamente ou sexuadamente através dos esporos.
Mas a gente sabe que existem os cogumelos que a gente adora comer com um macarrão ou num risotinho e os cogumelos mágicos. Grande parte dos cogumelos mágicos se diferenciam dos outros pela presença de psilocibina, substância da família das triptaminas que pode ser encontrada em mais de cem espécies de cogumelos. Após consumida, ela é metabolizada e vira psilocina.

Mas será que é fácil encontrar os cogumelos mágicos?
Esses cogumelos são encontrados na natureza. No Brasil, sua presença é comum em fazendas onde há criação de gado, pois eles crescem no esterco. Mas é necessário um cuidado grande na hora de identificar eles, pois é possível confundi-los com cogumelos venenosos! Então o que indico para você é, ou você cultivar seus próprios cogumelos, ou adquirir com alguém de confiança (dê uma olhada em nossas formas de contato).
Segundo o Global Drug Survey, levantamento de saúde pública feito com 120 mil usuários de drogas em 50 países, a psilocibina é a substância psicoativa mais segura do mundo. 10% dos entrevistados, 12 mil pessoas ao todo, afirmaram ter usado os fungos psicodélicos em 2016. Só 24 delas – 0,2% – precisaram de assistência médica emergencial após a experiência. Essa taxa é pelo menos três vezes menor que a de qualquer outra droga, de origem natural ou sintética.
OS EFEITOS TERAPÊUTICOS DA PSILOCIBINA
Nem só de viagem é feita a mágica desses cogumelos! Na verdade, são vários os assuntos relacionados a essa substância. Aqui, selecionamos alguns dos mais recentes:
A psilocibina pode te ajudar a largar alguns “vícios”, como o cigarro e o álcool
É isso mesmo! Em um estudo de 2017 analisando o uso do tabaco, ela produziu resultados impressionantes que ultrapassam de longe qualquer opção de tratamento convencional. Aos 12 meses após a experiência, 67% dos participantes estavam livres do fumo. A substância, em 2015, também foi eficaz ao tratar um grupo de indivíduos com problemas relacionados ao consumo de álcool. Como a amostragem foi pequena, existem estudos em andamento para apurar melhor essa relação.
A psilocibina pode auxiliar no tratamento de depressão e ansiedade existencial
Um estudo de acompanhamento do primeiro ensaio pioneiro explorando isso relatou que, seis meses após a sessão, 31% dos participantes com depressão resistente ao tratamento relataram efeitos antidepressivos duradouros. Outro estudo de acompanhamento de seis meses revelou uma mudança de uma sensação de desconexão (de si mesmo, dos outros e do mundo) para a conexão, e de um estado de bloqueio emocional para aceitação e início de um processo interno.
Enquanto isso, três estudos separados, na UCLA, Johns Hopkins e NYU, exploraram o potencial da psilocibina para tratar a ansiedade existencial em pacientes com câncer em estado terminal. Eles construíram a base de evidências mais forte, de longe, para qualquer indicação contra a qual a psilocibina já foi testada. Não apenas uma única experiência com psilocibina foi considerada altamente eficaz na maioria dos participantes, os benefícios também parecem ser altamente duradouros, com efeitos antidepressivos e ansiolíticos sustentados.
A psilocibina pode aumentar a empatia, a conexão com a natureza e com o divino
Além de ser um tratamento potencialmente transformador para uma série de condições de saúde mental difíceis de tratar, a psilocibina também tem valor para pessoas saudáveis. Este estudo relatou que, mesmo em doses mais baixas, a psilocibina ainda era capaz de aumentar a empatia e o bem-estar até sete dias depois. Outra análise descobriu que as pessoas eram menos propensas a opiniões autoritárias e relataram se sentir mais conectadas à natureza até um ano depois do uso da substância.
Esta outra pesquisa concluiu que as experiências místicas da psilocibina, em combinação com práticas espirituais como meditação e registro em diário, produziram mudanças duradouras nos valores e comportamentos pró-sociais, enquanto promovem o funcionamento psicológico saudável.
USOS RITUALÍSTICOS E CONTEXTOS
Os cogumelos mágicos são, assim como a ayahuasca, elementos extremamente importantes dentro do xamanismo e fizeram (e ainda fazem parte) de muitas religiões e rituais. No livro Retorno à Cultura Arcaica, de Terence Mckenna, ele conta que “há talvez dezenas de milhares de anos, os seres humanos vêm utilizando cogumelos para fins de adivinhação e indução do êxtase xamanista” e que pretendia “demonstrar que a interação entre homens e os cogumelos não é uma relação simbiótica estática, e sim dinâmica, através da qual pelo menos uma das partes consegue atingir níveis culturais mais elevados”.

São inúmeros os povos que utilizaram esse tipo de substância em ritos. Na América, por exemplo, os povos Maias usavam o Teonanácatl (Psilocybe Mexicana). Seu primeiro uso data de 1502, durante a coroação do imperador Montezuma. Conhecido como a “Carne de Deus”, é o cogumelo milenar dos índios mexicanos até os dias de hoje.
ESTRATÉGIAS DE USO
Assim como qualquer substância, os cogumelos também requerem seus cuidados na hora de consumir. Quanto à dosagem, embora não haja como saber 100% quanta psilocibina está presente em cada cogumelo, existem os seguintes parâmetros:
- Para efeitos leves, de 0.5 a 1.2 gramas desidratadas;
- Para efeitos moderados, de 1.2 a 3 gramas desidratadas;
- Para efeitos fortes, acima de 3 gramas desidratadas;
É bom que você siga essas dicas antes de consumir os cogumelos:
É importante avisar um amigo confiável que você está ingerindo a substância, além de se certificar de que você tem água, comida, cobertas e um ambiente calmo disponível. Prepare-se também quanto as suas expectativas: saiba que você poderá ter experiências boas ou ruins, como em um sonho, e que você deverá lidar com elas com tranquilidade, sem entrar em pânico. Entrega é o caminho. Lembre-se de que uma grande parte da experiência com qualquer psicoativo depende do set and setting – isto é, onde você se encontra fisicamente e psicologicamente ao consumir.
CUIDADOS COM POTENCIAIS RISCOS!
A certos riscos que podem ocorrer ao fazer o consumo de cogumelos mágicos, evite cada um deles e tome muita precaução antes de ir para sua viagem:
- Pessoas que tomam psilocibina não devem, sob hipótese alguma, dirigir ou realizar qualquer ação em que a coordenação motora seja necessária.
- Algumas pessoas podem sofrer alterações persistentes e angustiantes em percepções (principalmente visuais) que podem durar de minutos e horas, semanas caso o que foi emergido não seja processado até o fim.
- Alguns indivíduos com propensão podem experimentar efeitos mais desagradáveis, como o medo, agitação, confusão, delírio ou abertura de estado psicótico.
- Finalmente, embora o risco seja pequeno, alguns usuários de psilocibina sofrem envenenamento acidental por ingestão de um cogumelo venenoso por engano. Os sintomas de envenenamento por cogumelos podem incluir espasmos musculares, confusão e delírios. Se está atrás de psilocybes, nunca colete em madeira. (Por isso reforço, não é uma boa ideia sair caçando por ai sem o conhecimento de quais cogumelos podem ser ingeridos, pois pode acontecer de confundi-los na natureza).
Quando a gente ama assim um assunto, é normal se estender um pouquinho mais, né? Essa temática rende muito, e é cheia de nuances incríveis para se descobrir e estudar.
INTERAÇÕES DA PSILOCIBINA COM A CANNABIS

De acordo com o guia de combinação segura de drogas, é preciso ter cuidado ao usar a psilocibina e a cannabis concomitantemente. Isso porque, assim como acontece com o LSD, a mistura pode provocar efeitos indesejados em algumas pessoas – como paranóia, pânico e outras sensações desagradáveis. A mistura não representa risco de morte, mas deve ser feita com cautela! Usuários muito experientes em apenas uma das substâncias também correm este risco.
E aí, gostou de saber tudo isso? Então ja curte essa postagem e conte pra gente se você já teve aguma experiência com cogumelos mágicos aqui nos comentários!
Veja também:
[…] partes dos cogumelos mágicos se diferenciam dos outros pela presença de psilocibina, substância da família das triptaminas […]
[…] a técnica Stamets Stack, uma pessoa toma sua microdose de cogumelos com psilocibina nos primeiros quatro dias da semana, fazendo uma pausa de tolerância nos três dias […]
[…] está pensando em começar seu cultivo de cogumelos mágicos Psilocybe cubensis e não sabe por onde começar? Então saiba que existe um processo bem […]
[…] da colheita, um dos passos mais importantes para preservar seus cogumelos mágicos é a secagem correta. Secá-los não só prolonga a durabilidade, mas também preserva suas […]
[…] e cogumelos mágicos são conhecidos por suas propriedades distintas. A cannabis, rica em canabinóides, promove […]
[…] cogumelos mágicos pode ser uma tarefa simples, mas para garantir o sucesso, é essencial manter um ambiente limpo e […]
[…] para embarcar na sua primeira viagem de cogumelos mágicos? A jornada promete ser transformadora, mas antes de tudo, há uma decisão crucial: consumir […]
[…] Cogumelos mágicos, conhecidos por abrir as portas da percepção, podem ocasionalmente provocar sensações estranhas e até assustadoras. O que pode causar uma “bad trip” e como evitá-la? […]
[…] mais de dez sites que anunciam a venda de cogumelos Psilocybe cubensis, conhecidos como “cogumelos mágicos“, em diversas formas, desde inteiros e desidratados até micro dosagens para uso controlado e […]
[…] já experimentou o mel azul? É a forma mais prática e deliciosa de explorar o mundo dos cogumelos mágicos. Esqueça os métodos complicados; com o mel azul, você mantém a potência dos seus cogumelos por […]
[…] dois cogumelos fascinantes: Juba de Leão (Hericium erinaceus) e Psilocybe cubensis, o popular cogumelo mágico. O Juba de Leão é amplamente conhecido por suas propriedades neurotróficas, capazes de estimular […]